Por iniciativa própria raramente vou a uma maratona de btt. Mas quando me chateiam muito o juízo acabo por me deixar convencer. Desta vez fui Mortágua, uma maratona com cerca de 900 inscrições. Quando cheguei ao sitio só via bicicletas de XC, comecei a assustar-me, estava a ver que ia para o meio dos lobos com a minha bicicleta de enduro que mais parece um tractor.
Também devido à mudança de horário o frio fazia-se sentir e se há coisa que detesto é estar a tremer para andar de bicicleta. A organização teve a infeliz ideia de não fazer a partida ao sol! Felizmente esta começou sem atrasos.
Afinal não é só a bicicleta que conta e acabei em 52º lugar com 1:53 e mais uns segundos para o percurso de 40kms o que para mim é muito bom. Na verdade não percebo bem isto de contar os segundos quando partimos todos ao molho. É sempre engraçado ficar posições acima de pessoal com bicicletas muito mais leves de vários milhares de euros.
Quanto ao percurso, foi bastante agradável, exigia alguma preparação física mas nada de muito extraordinário. Boas descidas, single traks, paisagens e claro está, subidas. Preferia um bocadinho mais de percursos técnicos mas não se pode ter tudo. Existia pessoal nos principais pontos do percurso e o abastecimento estava à altura. Não sei que se passou mas a dada altura quase que eram mais os que tinham furos ou problemas de mecânica do que os que continuavam a pedalar. Exagero, claro, mas nunca vi tanto pessoal a pé.
Os banhos foram bem quentes com muitos chuveiros à disposição e o almoço mais que generoso. No entanto criou-se uma fila para o almoço, situação evitável se se começa-se a servir mais cedo ou existissem duas filas.
Já me ia esquecendo: perto do fim dos 40kms um homem estava a oferecer vinho do porto a quem quisesse parar!