Já comprei estas duas peças há uns meses e estava só à espera de voltar às voltinhas grandes para poder fazer uma avaliação decente. São peças indicadas para o tempo frio e/ou para os inícios das manhãs e os fins das tardes com temperaturas mais baixas. Considero que são roupas adequadas para as três estações Outono/Inverno/Primavera que temos no nosso país. Para países mais a norte do hemisfério presumo que os invernos estejam fora da equação pois são bem mais rigorosos e será necessário vestir mais qualquer coisinha para ir pedalar.
Então vamos a isto:
A camisola de manga comprida em lã de Merino é bastante confortável e suave ao toque. Tem costuras duplas com aspecto resistente e feitas numa cor contrastante (neste caso, vermelho), tal como o logotipo da Vulpine que é bordado no ombro direito e no bolso atrás. A malha é muito fina, de altíssima qualidade, nem parece lã. Atrás do lado direito está o tal bolso que fecha com um botão simples, para guardar dinheiro e outros pertences. É um pormenor que virá certamente a dar jeito caso o utilizador não queira levar mais nada por cima.
Esta camisola (o nome técnico é ‘t-shirt’) é uma peça mais indicada para uso em ambiente urbano, pois o ‘fit’ é largo, casual e confortável, mas por acaso até tenho usado em voltas mais rápidas e enérgicas, e mesmo por cima dos bib shorts o resultado tem sido aceitável, embora em velocidades altas (em descidas, por exemplo) e com algum vento, a camisola realmente ‘sacode’ um bocado e torna-se numa distração.
Térmicamente é excelente, como qualquer boa peça em merino de outras marcas, e mesmo com manhãs a rondarem os 5/6 graus, e sem mais nada por baixo, revela-se bastante eficiente a manter a temperatura do corpo.
Claro que não é uma peça barata – custa 55 libras no website da marca, mas está de acordo com os preços para este tipo de peças em merino, e claro, este tipo de qualidade paga-se e paga-se bem.
A outra peça de roupa Vulpine, é um ‘Gilet’, um colete sem mangas em tecido impermeável e com propriedades de corta-vento, muitíssimo versátil. O forro interior é num material que os ingleses chamam ‘fleece’, quente e confortável, e escolhi a cor verde, que é uma espécie de tonalidade ‘Chartreuse’, de alta visibilidade, a fazer lembrar os coletes reflectores nocturnos das outras marcas. Tem pormenores reflectores nos ombros e tem um total de 5 bolsos: dois à frente para as mãos quando se anda fora da bicicleta e para colocar objectos de acesso rápido, e três atrás: um com um bolso de fecho magnético do lado esquerdo, de grandes dimensões, e do lado direito um bolso simples, mais pequeno complementado do lado de fora com um outro de fecho tipo ‘zipper’ à prova de água. O fecho principal também é debruado com material à prova de água e termina na zona do pescoço com uma gola alta que se fecha com dois apliques magnéticos, tal como o bolso traseiro grande. Esta gola mais alta é óptima para proteger o pescoço do ar frio nas descidas a alta velocidade e quando o ar está mesmo húmido. A zona da cintura pode-se ‘cintar’ mais por meio de cabos elásticos, em duas zonas facilmente acessíveis no lado esquerdo e direito. Da mesma forma, a gola também se pode apertar mais, com o mesmo tipo de cabos, atrás em cima, junto à nuca. Todos os pormenores revelam grande cuidado no desenho da peça, e esta é excelente para as manhãs frias e húmidas de Inverno e Primavera, mantendo-se leve e confortável mesmo com todos os extras. Não é um colete barato, custa 115 libras, mas é bastante mais completo que o da Rapha, por exemplo, que custa sensivelmente o mesmo.
A Vulpine é uma marca recente britânica – mais uma – que se está a começar a revelar no mercado crescente e global de roupa específica para ciclistas, mais voltada para o utilizador urbano mas sem deixar de lado o lado desportivo.
– TCC
Comments (1)
amo coletes sem mangas!
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