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Portugal na Vertical 2015 + Norte a Sul

Junho 24, 2016Fevereiro 17, 2018, Destaque Randonneur
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O Brevet mais antigo que se faz em Portugal é uma espécie de travessia do país. São 600kms que ligam Viana do Castelo a Odeceixe. Mas sempre me chateou um pouco o facto de o percurso não bater nas pontas. Em finais de 2014 ou no inicio de 2015 comecei a fermentar uma ideia. Havia de ligar essas pontas. Depressa a curiosidade me levou a procurar o ponto mais a norte e o ponto mais a sul do país, não fosse a ideia demasiado ambiciosa. Cevide, o lugar mais a norte de Portugal, a estrada mais a norte de Portugal, dita apenas a pouco mais de 100kms do lugar de partida para os 600, Viana do Castelo. Perfeito. Vamos ao sul. Ora o ponto mais a sul será uma ilha lá para os lados de Faro. Vamos esquecer os barcos. Ponto mais a sul continua a ser uma estrada em Faro. Raios. Não dá jeito nenhum, é um desafio logístico para a volta. A falta de comboios torna muitas destas aventuras inviáveis. Ora vamos lá ver as coordenadas do ponto mais a sul mas em Sagres. Parece que a diferença entre as duas coordenadas é de apenas alguns metros. Está decidido, a minha viagem será de Cevide à Fortaleza de Sagres.

Dia 1 – Marinha Grande – Aveiro
Tinha uns afazeres em Leiria e acabei por tomar a 109 de Leiria a Aveiro fazendo só pequenos desvios pelos campos do Liz e pela alternativa à 109 que se toma na Marinha das Ondas. É uma grande porra. Camiões, fumo, carros, camiões. Nunca mais. A sério, não tem piada nenhuma. Ah e o vento… tanto vento. Farto da 109 tomei o caminho que leva à praia de Mira. Realmente com muito menos carros mas ainda com mais vento.

Dia 2 – Aveiro – Melgaço
Contava pedalar pouco nesta jornada. Tinha tudo bem planeado. Comboio Urbano de Aveiro a Campanhã, assim foi. Metro de Campanhã a Póvoa de Varzim, assim foi. Bicicleta de Póvoa de Varzim a Viana do Castelo, assim foi. Comboio de Viana do Castelo a Valença, assim não foi.
Apesar do percurso plano, o vento foi de tal intensidade que cheguei a Viana estoirado. Já só me imaginava a olhar para a paisagem pela janela do comboio.
– Boa tarde, um bilhete para Valença se faz favor.
– Boa tarde, é para levar a bicicleta?
– Sim.
– Peço desculpa mas as composições da linha do Minho não estão preparadas para o transporte de bicicletas, infelizmente.
– Ah…
– Infelizmente, infelizmente, peço desculpa.
– Pois…
Foi mais ou menos este o diálogo que ocorreu na estação de comboios de Viana do Castelo. Não disse mais que um “ah” e um “pois”. Se tivesse dito mais era para armar confusão. O que raio custa enviar a bicicleta dentro do comboio? Aposto que deve ser um comboio bastante concorrido e as carruagens devem ir cheias, completamente sobrelotadas. Não deve ter havido tempo nem dinheiro para preparar as composições para o transporte de bicicletas. Para fazer greves à sexta-feira, para isso há sempre tempo! A CP é um dos maiores cancros, uma máfia que se tornou recentemente maior com a integração na IP. Estou a divagar.
As opções eram claras: ou ficava por ali e abandonava a ideia de ligar dois extremos de Portugal ou seguia de bicicleta, a muito custo. A escolha tinha que ser tomada rapidamente e dentro de 5 minutos estava a caminho de Caminha. Mais vento, calor e carros. Um progresso demasiado lento para o meu gosto e eu sou uma pessoa lenta. Curiosamente, um conhecido das lides das bicicletas reconheceu-me e trocou dois dedos de conversa. Melhor, reconheceu a minha mala de selim Albarda.
A minha esperança era que ao virar para este, o vento deixa-se de me atrasar tanto. Foi mais ou menos isso que aconteceu mas mesmo assim, o ritmo a que seguia não aumentou grande coisa. Lá cheguei a Valença onde apanhei a ciclovia ou ecopista ou lá o que é, construída sobre o caminho-de-ferro. Bonita. Mas parva. Tantas passagens de nível, tantos caminhos, alguns ‘só para os coelhos passarem’ que a viagem se transforma num para arranca desconfortável com uma gincana pelo meio. Certamente, tantos pinos de madeira devem ter ajudado a justificar o que aquela obra custou.
De Monção a Melgaço apanhei a estrada normal e não me lembro de grande coisa. Não deve haver grande coisa para lembrar.
Acabei por chegar às 19H o que não foi mau de todo. Recompensei-me com um momento numa esplanada a bebericar uma bebida fresca e parti em busca do meu singelo alojamento. Um local um pouco estranho mas tinha uma cama, banho e electricidade. Comodidades de que até estive disposto a abdicar e dormir pendurado nas árvores mas isso tinha sido um erro.
Este tipo de locais, no mês de Junho, são deveras engraçados. Sem turistas, jantei praticamente sozinho depois de uma breve volta para fazer o reconhecimento dos locais de repasto.

Dia 3 – Melgaço – Cevide – Viana do Castelo – Odeceixe – Fortaleza de Sagres
mais_norteAcordei antes do despertador. Às 7 da manhã estava na rua e começava o dia com uma subida digna desse nome. A larga nacional era toda minha, o nevoeiro pairava sobre as montanhas do lado de Espanha e por momentos até aquela estrada infernal me pareceu boa. Pelas 7:30 já tinha descido as ingremes descidas que levavam até ao lugar de Cevide e que vistas de satélite nunca me pareceram tão inclinadas. Um lugar pacífico, onde nada se mexia aquela hora. A minha viagem ia realmente começar ali, onde a estrada de alcatrão dá lugar a uma estrada de paralelo e onde a estrada de paralelo dá lugar a uma estrada de terra. Mais para norte, só descendo os carreiros e pondo os pés no rio.
Comecei logo com um pequeno problema. Desenhei o percurso pelo que me pareceram as estradas mais bonitas e afastadas das nacionais. Mas o que eu estava a ver no terreno era uma estrada com piso pouco regular, estreita e que não conseguia descortinar por entre a vegetação densa. Será que ia ser um sobe e desce durante muito tempo? Será que o alcatrão melhorava ou piorava? Será que deixaria de haver alcatrão? Nada disto me assusta, tenho a bicicleta preparada para o pior que possa aparecer. Mas tinha que partir de Viana do Castelo às 14, obrigatoriamente! E tinha que almoçar, quase obrigatoriamente.
A opção era subir, voltar para a nacional e ir andando até me parecer mais seguro apanhar estradas secundárias. Pensei… enquanto o sol não abrir e carros não houver, iria pela nacional. Poucas subidas, muitas descidas, avancei a bom ritmo até me parecer seguro sair da nacional. É incrivelmente diferente pedalar pelas estradas secundários, até porque aquelas tinham um belo alcatrão. A bicicleta deslizava e eu sorria. Parece que podia ter deixado a nacional mais cedo, mas quem não sabe é como quem não vê.
Finalmente o pequeno-almoço em Monção, na pastelaria mais chique que consegui encontrar. O sítio perfeito para um barbudo transpirado que fica com açúcar em pó no bigode.
Siga para a ciclovia. Ou ecopista. Ou o que raio é. Tempo para descontrair. Na verdade, aquela coisa quem condições muito boas. Algumas das estações tem casas de banho e água. E funcionam! Mas também existem azulejos vandalizados. E é impossível de deixar de pensar no esforço, sonhos e Portugal enterrados debaixo daquele tapete vermelho. É impossível não pensar nas quão maravilhosas eram as nossas vias férreas.
Bem, dêmos um salto para a frente, cheguei a Viana do Castelo perto do meio-dia, hora que muito me agradou: tinha tempo para descansar e tempo para almoçar com os colegas de jornada.
Em verdade, a vontade é só uma, partir. E foi com grande motivação que o fiz. O caminho até ao Porto é algo penoso e é precisa toda a motivação possível para o fazer de bom grado. Felizmente o posto de controlo contou com coisas como limonada e gelatina, gentilmente preparadas pelos voluntários que nos assistiam naquele local.
Do Porto a Aveiro a viagem torna-se um pouco mais interessante. Depois do pesadelo que é sair do Cais de Gaia (aquela estrada devia ser fechada ao transito motorizado durante o fim de semana), o percurso é salpicado por ciclovias, muitas de utilidade duvidosa, assim como vários bares de praia e pequenos restaurantes para quem precisar de alimento antes de Aveiro.
Foi em Aveiro que cometi o grande erro desta jornada. Pela altura que lá cheguei ia em grupo. E também ia com a ideia fixa de jantar. A sério, com faca e garfo e quem sabe um guardanapo. Mas acabamos por comer uma sopa e uma sandes ou algo parecido. Só acedi a este menu para continuar a fazer parte do grupo. Com a experiência que tenho devia saber que este tipo de pensamento é um erro tremendo. Deves fazer sempre aquilo que queres, melhor, que precisas. Psicologicamente, o jantar para mim teria sido completamente diferente. Acabei por me afastar do grupo de qualquer maneira e fazer uma viagem penosa até à Ortigosa. Uma viagem que só por si não é de todo agradável, quanto mais com um estado de espirito menos positivo.
Na Ortigosa a minha cara-metade, que todos os anos espera pacientemente por mim neste posto de controlo, deu-me tudo aquilo que lhe pedi, por muito estupido que fosse. E eu só queria comer. Este erro foi consequência do erro de Aveiro, um erro que só se viria a resolver em Lisboa mas que me custou muito tempo. Iria continuar sozinho, no meu ritmo, que nem depois de saciado se tornou rápido. Na verdade a minha viagem só se voltaria a tornar agradável com o nascer do dia.
Foi mais uma etapa complicada até Lisboa mas cheguei. Pior que mal, estava a ver a minha vida a andar para trás até beber uma coca-cola que me limpou o que tinha no estomago. Lindo! Imediatamente senti-me outro e era hora de apanhar o barco, desta vez com o colega Tiago.
Giro, giro foi enganarmo-nos na compra do bilhete mas felizmente não chegamos a apanhar o barco errado. Só tivemos que tirar outro bilhete e perder um bocado de tempo com esta brincadeira. Foi o adiar do inferno da outra margem.
Um inferno em duas partes: a primeira sob a forma de trânsito, a segunda sob a forma de um calor abrasador, tão intenso que tudo parecia derreter. Nem me lembro de muito mais coisas a não ser o calor.
Setúbal soube tão bem! Não havia muito tempo a perder mas foi o suficiente para refrescar corpo e mente. Tinhamos mais um barco para apanhar e estávamos em cima da hora. Pelos vistos adormecemos os dois num canto qualquer do barquito.
Tróia foi um filme diferente, nem parecia o mesmo país. Temperatura muito mais baixa e um vento um pouco incomodativo. Felizmente a paisagem melhora bastante à medida que nos deslocamos para sul. O vento lá acabaria por ser atenuado pelas árvores e lá fomos andando quilómetro atrás de quilómetro. Lembro-me de uma altura em que realmente precisámos de parar e bem dita a hora que encontramos um café aberto. Dei um pequeno ajuste nos cleats e malhei um gelado. Duas pequenas coisas que me deram um alento inesperado e desatei feito doido estrada fora com o Tiago a fazer os possíveis para me acompanhar. É claro que este fulgor inesperado acabaria por acabar e lá voltámos à nossa vidinha lenta.
Tivemos sorte em Sines. Um jantar bom e barato serviu de combustível para a noite. Que foi agradavelmente passada até Cercal do Alentejo onde eu esperava comer botar para o bucho mais uns doces e pães, mas a coisa já estava fechada. Acho que tomamos um cafezinho e surpreendentemente encontramos o José Almeida sozinho, já de partida. Já não sei muito bem como mas penso que foi por esta altura que o José Ferreira se juntou e o nosso grupo passou a ter 3 partidos, um número ainda aceitável.
Depois, de pouco mais me lembro. Talvez de uma maravilhosa descida que entretanto se encontra, do ritmo aumentar um pouco, induzido pelo “estar quase a chegar”. Mas por muito que se desse ao pedal, por mais esforço que conseguíssemos fazer, nunca mais era Odeceixe.
Curiosamente cheguei muito mais tarde do que em 2013. A recepção não podia ser melhor: dois ou três pratos de massada de peixe (ou seria sopa? Já não me lembro bem) ajustaram-se na perfeição à decisão que tinha que tomar e afugentaram o fantasma das 3 da manhã: iria seguir até Sagres.
estrada_sudoeste_costa_vicentinaSozinho na noite, estradas vazias, um parque natural pela frente. O resultado é um sorriso tímido, um emocionante sentido de aventura. O escuro era só interrompido por qualquer som da vida selvagem que uma vez lá me assustou demasiado. Suponho eu que era uma coruja que levantou voo dos ramos mais próximos da estrada. Na verdade, aquele troço de estrada do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina é dos mais belos que conheço para pedalar, tanto de noite como de dia.
A recta para Sagres, de outra forma potencialmente enfadonha, tornou-se àquela hora apenas parte da paisagem a percorrer.
Um toque no ‘stop’ do aparelho que tinha a gravar o percurso marcou o momento da missão cumprida: estava num dos pontos mais a Sul possíveis sem apanhar barco. Eram 5 da manhã.
Mandei dizeres de onde estava à namorada que nestas noites muitas vezes acorda e adormece à espera de notícias e pus-me a pensar no que fazer a seguir. Não havia muito para pensar… era regressar.

Dia 5 – Fortaleza de Sagres – Odeceixe
Sentei-me numa paragem de autocarro e comi, se não estou em erro, uma barra da Clif com sabor a manteiga de amendoim. Olhei para um café madrugador mas não entrei. Devia, já que a estrada que se avizinhava foi uma peripécia de perigos por privação de sono.
Logo na recta que sai de Sagres vi crocodilos. Dois, enormes, gigantes, um de cada lado da estrada, que se pareciam aproximar vindos do campo. Depois pareceram-me insufláveis enormes e por mais que esfregasse os olhos, aquela imagem não me saia da frente. Afinal, mais não era que uma sucessão de elementos, arbustos, sinais de trânsito, sombras, que a minha incapacidade de perceber a profundidade de campo transformou numa realidade muito diferente. Precisava de parar, tomar um café, ou melhor, dormir. Mas nem uma coisa nem outra coisa aconteceram: nada estava aberto e a minha teimosia em continuar levou a melhor, afinal era dia, o que podia correr mal? Muita coisa. Não me lembro de troços do percurso e lembro-me apenas dos sons dos carros a passar por mim. Foi a coisa mais perigosa que fiz até hoje e uma grande lição. A minha maneira de acordar foi tirar as luvas e mandar-me por uma descida; acreditem, a manhã do algarve litoral pode ser muito fria. Resultou e pude continuar em plena consciência, agora aproveitando em pleno as paisagens, ora parando para esticar o corpo no chão. Um pequeno-almoço em Aljezur; um pão de castanha em Rogil que enfiei na mala; não tarda estava deitado junto à ribeira de Odeceixe.

Estava feito. O banho não tardou assim como um farto almoço de iguarias do Alentejo. Infelizmente esqueci-me de seguir o meu próprio conselho de 2014: quem fizer este brevet deve tirar uns dias de férias em Odeceixe. Só me apercebi do quanto estupido tinha sido quando a minha boleia andou um bocadinho depressa demais por estradas Alentejanas onde já morreram pessoas de bicicleta, consequência do excesso de velocidade. Tenham juízo na estrada, quer seja de bicicleta, de carro ou de burro.

2016 não me vai ver a fazer este Brevet novamente. Vou optar por ficar num dos postos de controlo a ver os colegas passarem.

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