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Flèche Vélocio Lisboa – Coimbra 2014

Abril 18, 2014Fevereiro 17, 2018, Destaque Randonneur
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The Flèche Vélocio is a … team ride of 24-hours’ duration, usually held over the Easter weekend. Teams consist of 3 to 5 machines and all members ride together. The number of teams is unlimited. Each team chooses its own start point and its own route. All teams start on Good Friday or on early Saturday, and head to the traditional Easter cycling rally in Provence. At least 360 km must be covered in 24 hours, but the goal is to ride the longest distance possible. Eventually on Easter Sunday morning, teams from all over France meet at the rally, chat and celebrate together.

Passar 24 horas a pedalar com um grupo de amigos pode ter dois resultados diferentes. Ou acabam todos à chapada ou é uma experiência de camaradagem como poucas. Em Portugal a Fléche realizou-se no fim de semana passado, tendo participado 3 equipas.
O meu fim de semana começou na sexta feira, partindo de Marinha Grande em direcção a Torres Vedras onde haveria de apanhar o comboio para Lisboa. Foi um aquecimento agradável de 90kms pelas estradas do oeste. Tenho ainda a dizer que tive que pedalar um bocadinho em Lisboa o que me causa sempre alguma impressão por ser uma realidade diferente daquela a que, um garoto da aldeia, está habituado.

Terreiro do PaçoO Terreiro do Paço foi o ponto de partida da jornada numa manhã relativamente agradável sem muitos carros ou pessoas. Depois de um passeio pela marginal e pela espécie de ciclovia mal amanhada que por lá habita a N10 foi a primeira dor de cabeça. Só eu sei como detesto aquela estrada e nada me deixou mais contente do que deixar Vila Franca de Xira em direcção à lezíria.
A primeira sopa do dia aconteceu em Porto Alto onde também familiares de um dos participantes nos desejaram boa viagem. Esta história do randonneuring ainda é pouco conhecida em Portugal mas parece que lá por terras de França tem bastantes apoiantes.
O próximo objectivo seria Mora e tudo correu conforme planeado, apenas com uma pequena paragem num café. Ninguém estava com pressa, bastava não se descuidar muito. Mora é sinónimo de mais uma sopa e, mais importante, bolo de mel. Siga para Ponte de Sôr. Segundo o nosso plano é o local onde abastecemos as malas com mantimentos para a noite e temos um momento maior de descanso com um jantar merecido. O restaurante do ano passado, que muito nos agradou, ainda não estava aberto àquela hora da tarde mas lá nos desenrascamos com outro. É altura também de vestir algo mais substancial, apesar de e para espanto meu, o cair da noite ter sido acompanhado de uma temperatura agradável. Siga para Abrantes.
A N2 é das estradas mais agradáveis do percurso. Apesar de ser noite e as luzes vermelhas das outras bicicletas me darem cabo da cabeça, tem pouco trânsito, bom alcatrão e permite um bom andamento com descidas divertidas à mistura. Depois apanhamos a N118 com boas paisagens… mas no escuro não vejo lá muito bem. Entretanto a coisa correu mal.
Lá pelo Tramagal resolvemos tirar uma fotografia. Enquanto sorriamos para o passarinho ouve-se um barulho metálico. Uns dizem “foi um raio que partiu”, outros dizem “foi o metal do tanque a estalar”. Uma inspecção rápida não revelou danos nos raios. Só quando se pegou nas bicicletas é que se viu que uma roda traseira estava completamente empenada. Grande porra. Mesmo com 32 raios a roda ficou feita num 8, resultado de raios demasiado com tensão a mais.
Curiosamente, o dono da bicicleta estava a adivinhar a situação e arranjámos a roda com um cordel. Quando digo arranjámos quero dizer desempenou-se o suficiente para não bater nas escoras e quando digo cordel, digo raio de kevlar. Dito assim parece que foi fácil mas não o foi de todo. Demorámos duas horas! Entre tentar enviar o fio pelo buraco do cubo e perceber as instruções o tempo passava. Isto aconteceu num sitio caricato, de um lado uma estação de comboio, de outro uma espécie de bar onde os clientes nos confundiram com a polícia por causa dos coletes reflectores. Ou seja, podia ser pior se fosse no escuro completo sem escapatória possível. O nosso colega fez os restantes 200kms com a roda toda torta e sem travão. Não sei se tinha paciência para isso.
Era preciso chegar a Tomar o mais rapidamente possível. Mas a paragem fez estragos físicos para lá dos que seriam de esperar. Pelo menos no meu corpo. Para ajudar à festa estava a começar a parte mais acidentada do terreno. Tomar é o ponto de paragem para uma ceia rápida e siga para Leiria. Volta e meia lembramo-nos que alguém tem uma roda presa por um cordel e fica-se com receio que a reparação precária não aguente… aguentou melhor do que o esperado. É madrugada quando paramos na Ortigosa, o mesmo posto de controlo do Portugal na Vertical. Só o pessoal da noite anda por ali aquelas horas e muitos olham para nós com espanto e curiosidade. A paragem não pode ser longa, e a Figueira da Foz era já ali ao lado. Entretanto, à medida que nos aproximávamos da costa comecei a ter frio e fiz uma paragem para me vestir. O problema é que fiz esta paragem tarde demais e a partir da Marinha das Ondas parecia um caracol: lento e ranhoso.
A Figueira não é local de paragem mas apenas de passagem em direcção a Montemor-O-Velho onde teríamos que estar à 22ª hora. Os campos do mondego envoltos em neblina matinal deram-nos um amanhecer cheio de paisagens inspiradores, na sua maior parte com aves de rapina, cegonhas e garças que levantavam voo à nossa passagem. A entrada em Montemor foi particularmente bonita. Durante o merecido pequeno almoço chegaram outras equipas e trocaram-se as primeiras impressões do caminho. É que o nosso percurso era o mais fácil dos três. A altimetria da equipa que chegou depois foi de malucos.
O tempo restante deu para fazer parte do caminho para Coimbra descontraidamente, antecipando o doce do momento da chegada. Depois de 390kms a chegada é mesmo o melhor. Somos recebidos pela simpatia do bar Navarro onde espetamos o último carimbo no cartão. Depois é esperar pelo almoço e aproveitar para conhecer melhor os colegas randonneurs. Ou então dormir na relva.
Nos tempos de “estudante” nunca vi com bons olhos o restaurante Itália. Confirma-se a desconfiança. Para o ano havemos de arranjar um local com tão boa localização quanto aquele mas com melhor serviço. A volta é feita de comboio. Duas equipas apanharam o comboio para Lisboa o que faz 10 bicicletas numa composição. Se por acaso existem outras pessoas de bicicleta a apanhar o comboio ou se por acaso vierem a existir mais equipas, o comboio não leva as bicicletas todas. Ainda era para fazer mais 40kms no Domingo e 50 na Segunda mas a falta de coragem e compromissos no dia seguinte ditaram que também apanharia o comboio.

Ainda sobre as luzes… como sofri um bocado com as luzes dos outros, fiquei bastante interessado em estudar o assunto “luzes para pedalar em grupo”. Tenho duas luzes da Portland Design Works que adoro. Um delas é demasiado potente, aliás ilumina os sinais de transito de vermelho. A outra, uma tal de Fenderbot que tenho usado para estes percursos, parece-me bem para pedalar em grupo mas tenho que por alguém a andar na minha bicicleta para eu seguir e testar a teoria. A mesma marca tem o modelo Aether Demon, bastante caro para uma luz traseira mas com a opção “group ride” que diminui a luminosidade para 10%. Se a preguiça não levar a melhor ainda vou fazer e mostrar uns testes sobre este assunto.

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