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Há cerca de três semanas dizia mal da minha vida enquanto me esforçava por contrariar o sono e o cansaço numa noite fresca do Alentejo. Era a noite do Brevet Randonneur Mondiaux de 400kms em direcção ao Alqueva e às estradas onde poucas bicicletas passam. Foi uma noite complicada. Nunca tinha tido tanto sono a andar de bicicleta e usei pela primeira vez a manta térmica para dormitar um bocado num canto enquanto olhares curiosos me sondavam. Um café não é, definitivamente, sitio onde dormitar. Foi bem mais reconfortante a sesta tirada à sombra de uma oliveira, no sobe e desce alentejano, quilómetros mais tarde. Durante estes 400kms as paragens foram uma constante: para comprar água, para dormir, para comer, para ver os cavalos. Só em Viana do Alentejo acordei para a vida e aumentei o meu ritmo para satisfazer a minha decisão: não chegar depois da meia noite. Foi um brevet que ceifou a vida de mais um quadro de carbono (ando sempre com fé de que não será ultimo, sem desejar mal aos seus donos), um brevet onde praticamente toda a gente chegou esgotada, mas, todos chegaram e isso é uma vitória num brevet de 400k.
O Alentejo pode ser magnífico, pode arrancar sorrisos, pode incitar a descoberta mas não perdoa o mínimo erro. Não é de admirar então que esteja um pouco apreensivo em relação ao percurso Alcácer do Sal – Estremoz – Alcácer do Sal – Serpa – Alcácer do Sal – Sines – Alcácer do Sal. São 600kms para fazer num máximo de 40 horas das quais espero usar 36. Se conseguir menos, melhor. O dia de hoje custa imenso a passar à medida que a preocupação dá lugar à excitação. Até breve(t)!