Um colega deixou-me em casa uma Scale 30 para lhe dar um jeito e pôs-me à vontade para andar nela. Bom colega, diriam alguns! Assim sendo fui dar uma volta de diagnóstico. A Scott Scale 30 é uma bicicleta feita em fibra de carbono, super leve vocacionada para Cross Country. De qualquer forma os percursos de BTT em Aveiro são bastante planos, a bicicleta joga em casa!
Habituado à minha bicicleta com 150mm de suspensão traseira e 160mm frontal os primeiros metros não poderiam deixar de ser estranhos mas nota-se logo que não existem vibrações estranhas a percorrer o corpo da bicicleta. Não sei porquê mas não gostei nada da suspensão FOX F100 RL. Pareceu-me uma forqueta rígida bastante cara mas como pode ser de estar habituado a suspensões com SAG generoso e eu ser mais leve que o meu colega não me vou pronunciar muito sobre isso. Até me parece que a suspensão precisa é de uma boa revisão.
Para começar bem gravei logo os dentes da cremalheira na perna por causa de uma pequena pedra.
A pedalada numa bicicleta rígida é realmente outra coisa mas o desconforto ao mais pequeno buraco enerva um bocado. A minha ideia inicial seria fazer o mesmo percurso que faço com a FS e comparar os tempos mas as coisas não correram como planeei. Para começar uma posição de condução diferente exercita os músculos de forma diferente e não demorou muito até sentir as pernas presas.


No entanto assim que cheguei ao alcatrão a coisa mudou de figura. Atingir valores acima dos 40kms/h é num piscar de olhos enquanto que na FS atingir os 30 já é uma sorte. Mas foi quando apareceram as subidas que a bicicleta mais se revelou e é realmente uma satisfação sentir cada pedalada a ser transmitida para o terreno.
Pelos vistos o meu colega tinha as mudanças mais leves um bocado para o desafinadas ( que já agora foram uma dor de cabeça para afinal, acho que o desviador está empenado… queda? E o facto de ser Shimano também não ajuda), acabei por decidir abandonar os trilhos e percorrer os caminhos que me iriam dar mais gozo: estradões e alcatrão.
Acabei por fazer menos de 40kms e, para minha surpresa, o fundo das costas não me doeu tanto como eu pensaria. Ou a Scott sabe o que faz ou tive sorte.
Ainda deu para incluir uma paragem para a foto mas desculpem a qualidade da mesma:

Por fim um dos pormenores que menos gosto na Scott em geral é a testa do quadro demasiado nua. O head badge no caso da Scott é apenas um desenho pintado. Pode não ter importância nenhuma mas é uma mania que tenho, gosto de ver a testa da bicicleta bonita. A minha bicicleta também não tem nada de especial na testa, apenas um M, ao menos já não é só pintado directamente no quadro. Mas existem algumas marcas com muito bom gosto como o caso da Singulare da Yeti. Pelo dinheiro que custa caia bem algo mais refinado.



Comments (2)
Sem dúvida, os emblemas são um pormenor muito especial. Veja esta colecção de centenas de emblemas:
http://azuribike.blogspot.com/2008/11/colecemblemas-de-bicicletas.html
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usaralho Resposta:
Março 31st, 2009 às 7:57 pm
Sim, dão outro aspecto às bicicletas. Não conhecia esse coleccionador, excelente!
Afinal já conhecia o site do homem mas ainda não tinha explorado muito!
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