BTT. Bicicleta de todo o terreno. Por todo o terreno entendo barro, lama, pó, terra compacta, pedra solta, pedra presa e até alcatrão. É nesta perspectiva que encaro este desporto não me negando a fazer nada, com mais ou menos à vontade, mais ou menos dificuldade quer goste ou não do terreno que se mostra à minha frente.
Arranquei cedo no domingo direito a Vouzela, quase não deixei ninguém tomar o pequeno almoço. Gosto de estar e arrancar a horas. Acontece que nem toda a gente pensa assim e quando cheguei ao campo de futebol de Campia não se via alma. Reparo agora que está anunciado o encontro para a escola de Ensino Básico mas em nenhum dos locais havia recepção. Só mais tarde apareceu alguém de moto 4. No entanto podemos ler na noticia original do BTT Vouzela:
O secretariado estará aberto desde as 8h até à hora da partida, que será às 9 horas em ponto, em respeito pelos betetistas que a essa hora já estão prontos para iniciar a prova.
Nenhum dos pontos foi respeitado e aconselho vivamente a organização a não falhar nestes aspectos assim como a acertar agulhas com os promotores das caminhadas para acompanhantes. A partida foi mais para o lado das 9:30.
Depois de um pequeno engano inicial lá se acertou no caminho e as coisas começavam a rolar dentro da normalidade.
Assustei-me, via pinheiros e caminhos aos quais estava habituado e não serviam o propósito da minha deslocação. Nesta zona pedalei com pessoal do BTT Albergaria mas depressa os deixei, não estávamos com ritmos iguais. Não demorou muito tempo a sentir o cheiro da vegetação da serra e o meu animo levantou imediatamente. Ainda teria que passar por alcatrão e enfrentar subidas duras das quais a ultima me levanta duvidas se alguém a subiu montado. Mesmo assim, estradões e alcatrão não eram os motivos que me levavam ali apesar das vistas. Eu queria era pedra! E pedra recebi! Primeiro com descidas que fiz cuidadosamente pois a vegetação podia ser traiçoeira e não queria passar por cima da bicicleta. Talvez demasiado cuidadosamente tendo em conta a bicicleta que levava mas quem tem cú tem medo!
Depois do reforço de bolo caseiro, uma pêra e agua com fartura fiz-me à estrada sozinho. Não que me incomode, eu adoro andar sozinho, apenas se torna mais perigoso em caso de queda aparatosa. Estrada como quem diz. A diversão ia continuar por caminhos antigos de pedra, um enduro que põe à prova máquinas e destreza e me faz ter pena de quem leva bicicletas rígidas para aquelas pedras assassinas de rins e desviadores. Os 160mm da minha burra ajustavam-se aquele terreno que nem uma luva. Sorria! É só isso que sei dizer, sorria por fazer BTT!
O resto do caminho foi sobretudo muito rolante com uma outra parte mais divertida para animar. Não acho muito divertida é a passagem ao lado da auto estrada nem os pedaços de alcatrão que tinha que percorrer antes do final. E foi só nos kms finais me juntei a alguém do qual não sei o nome e sempre se conversou um pouco até ao campo de futebol.
Chama-se passeio sim, mas numa serra é de esperar outra coisa que não dureza?
Até à próxima BTT Vouzela!
Comments (2)
Pois é precisamente por causa dessas pedras e de outras que tal que já ando a olhar para as máquinas de all-mountain 😀 Também já não digo 160, mas 140mm já me chegavam!
Anyway, prazer em conhecer-te, a malta estava era mesmo numa de ir ali no passeio no relax 😛
Foi difícil chegar la ao cimo, mas valeu sem dúvida a pena. Pessoalmente até mais pela descida em cima de pedra pura, pois a vista já conhecia, embora seja sempre bom regressar..
Abraço e boas pedaladas!
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usaralho Resposta:
Junho 3rd, 2009 às 1:00 pm
Igualmente! 🙂
Realmente terreno compacto da serra e grandes pedras presas ao chão são o que mais gosto! Pedra solta borro-me um bocado :D.
Até à próxima!
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