Vou de Bicicleta
  • Bicicleta
    • Randonneur
    • Bicicletas antigas
    • Montanha
    • Selim Banana
    • Mecânica
  • Caminhada
  • Tradições

De Alemanha a Itália, as florestas e os gelados

Julho 31, 2017Agosto 2, 2018, Bicicleta Endurance
  • Prev
  • Next
This post is part of a series called The Transcontinental Race No5 2017
Next Post

Alemanha pode ser magnifica tomando os caminhos certos. Mas esses caminhos podem não ser os mais rápidos para o propósito da viagem. Recordo-me de encontrar uma rapariga a olhar para o GPS para perceber para onde ir de forma a evitar uma estrada mais rápida e movimentada. Também o tive que fazer mas decidi muito mais rápido que estrada tomar. Infelizmente a estrada transformou-se em caminho de pedra, não tendo outro remédio senão tomar a estrada principal com camiões perigosos. A maior parte das vilas não tinha nada onde tomar o pequeno almoço na manhã do primeiro dia depois do CP1, o que fez com que vários participantes se juntassem à primeira vista de café e bolos. A rapariga que tomou o mesmo caminho que eu, apareceu pouco depois e o pequeno almoço foi acompanhado por dois dedos de conversa. Estes pequenos encontros, ainda que raros, dão um alento estranho, mostram que as dificuldades que possas ter, por mais estapafúrdias que sejam, não te são exclusivas. Ainda assim, as frondosas florestas dos caminhos menos certos valem bem a pena. Recordo também o sul do país, perto da fronteira com a Áustria onde as encostas verdejantes e a promessa dos Alpes lá ao longe me punham um sorriso na cara. Ainda que continuasse com alguns problemas de navegação nomeadamente para evitar estradas movimentadas, a paisagem e andamento eram suficientemente bons para que isso fosse considerado um problema.

View this post on Instagram

A post shared by Rui (@ruirpr)

A travessia dos Alpes foi um pouco estranha, difícil com certeza, mas as paisagens entretém tanto que é como se a dor fosse secundária. Os problemas de navegação, secções de trânsito horrível, passagens difíceis, tudo parece agora uma memória distante, um sacrifício que repetiria num abrir e fechar de olhos. Não sei exactamente quanto tempo andei até parar numa pequena capela/cemitério lá pelo meio dos Alpes/Áustria, um pouco receoso do frio que poderia ter. Sei que jantei uma grande pizza e decidi continuar noite fora até se me faltar o espírito alerta necessário para continuar. Consegui abrigo nas paredes e telheiro da capela e lá se conseguiu dormir umas horas. A melhor coisa de acordar pelas 6 da manhã é apanhar as pastelarias acabadas de abrir. Os olhos iluminam-se com a promessa de café, comida e casa de banho. Ainda por cima tudo na Áustria é bom, limpo, bem cuidado, de uma beleza surpreendente!
A Itália também trouxe muito calor. Algures no norte de Itália sentei-me com um casal de viajantes de bicicleta enquanto me enterrava numa caixa de gelado que tinha ido buscar a um pequeno supermercado, depois de me encher de protector solar. Curiosamente não estava a encontrar gelatarias naquela zona de pomares e planície. Foi uma conversa agradável, tentei explicar o que estava a fazer e tentei saber o que eles estavam a fazer. Trocámos contactos e foi cada um à sua vida. Afinal, tinha que aproveitar o dia para tentar atingir o CP2.
Acabei por cometer o erro de ficar alojado numa pequena vila a poucos kms do CP2. O descanso foi bom e a vila Italiana agradável mas quebrei o andamento que tinha. Sei que outros também ficaram naquela vila e no mesmo alojamento. Aliás, foi um bocado impossível não pedalar com outros participantes e trocar umas palavras enquanto se pedalava por aquelas estradas que tantos tinham escolhido.
A manhã do dia seguinte trouxe o CP2 e um objectivo cumprido. Manhã difícil sem vontade, aqueles poucos quilómetros que me separavam do CP2 teimavam em não passar. O meu receio confirmou-se, tinha sido muito melhor continuar na noite até ao CP2 e tomar um banho e descansar já no destino. Enfim, fez-se e o que estava por fazer seria o problema maior.

Artigos relacionados:

  1. De Bélgica a Alemanha
  2. Selle Italia Yutaak Gel Flow
Posted in Bicicleta, Endurance
Tagged transcontinental
Leave a comment
rui
  • Facebook
  • Twitter
  • Google Plus
  • Pinterest

Post navigation

   De Bélgica a Alemanha
BRM Alqueva 400 com vento forte   

You may also like

De Bélgica a Alemanha

Continue Reading

BRM Portugal Além Tejo 1000

Continue Reading

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Click para cancelar a resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Segue-me!

  • 642likes
  • 230followers
  • 167artigos
/ Free WordPress Plugins and WordPress Themes by Silicon Themes. Join us right now!

Artigos mais vistos

Paris Brest Paris 2015

Novembro 4, 2015Novembro 30, 2022

Alqueva 400, Maio de 2013

Maio 28, 2013Fevereiro 17, 2018

Genesis Croix de Fer 2013

Outubro 9, 2013Outubro 10, 2013

Categorias

  • Bicicleta
  • Bicicletas antigas
  • BTT
  • Caminhada
  • Destaque
  • Endurance
  • Mecânica
  • Randonneur
  • Selim Banana
  • Tradições
  • Vestuário

Etiquetas

a minha bicicleta Aveiro Bicicleta bicicleta antiga Bicicletas antigas bicicultura brm BTT Caminhada Caramulinho caramulo pasteleira Pedestrianismo randonneur

Artigos recentes

  • Protegido: The Transcontinental Race No5
  • BRM Alqueva 400 com vento forte
  • De Alemanha a Itália, as florestas e os gelados
  • De Bélgica a Alemanha
  • 600Km de Este a Oeste

Vê!

Siga em Instagram
Siga em Instagram

13 Países Visitados
61 000 KM Percorridos

Todas as fotos e textos de minha autoria salvo indicação em contrário. Se queres usar, pede!